Novembro ​

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O mês de novembro, mês de importantes feriados nacionais como o dia 02 que é celebrado o Dia de Finados (todos os santos) e o dia 15 que se comemora a Proclamação da República, dentre outras datas importantes temos o novembro Azul, campanha que se propõem a chamar a atenção especialmente da população masculina sobre os riscos do câncer de próstata e as formas de diagnosticar, prevenir e tratar a doença. 

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No dia 20 de novembro, também se comemora o Dia da Consciência Negra, entendemos e ressaltamos que é importante o debate o e diálogo sobre essa temática, mas como disse a moçambicana Graça Machel, ativista dos direitos humanos, viúva de Nelson Mandela, no segundo Fórum Mundial pela equidade racial em São Paulo, em junho de 2023, “A Consciência Negra, tem que ser uma forma de ser, de estar e transformar de todos os dias, de todas as semanas e de todos os anos.” Nesse sentido, a igualdade racial é uma luta, um direito a ser conquistado a cada dia.  

 Assim, esperamos que o dia de debate e de diálogo sobre o Dia da Consciência Negra, se esparrame de forma concreta em ações de combate a todas as formas de preconceito, de discriminação e racismo que perpassa de forma contundente toda a nossa sociedade.

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Desejamos que essa data de celebração e de conscientização sobre o legado africano para o povo brasileiro, seja também marcada pela reflexão sobre as desigualdades raciais e que impulsione à tomada de decisões por parte dos cidadãos no combate as violações de direitos fundamentais à população negra e no entendimento da nossa riqueza ancestral africana nos mais variados aspectos.  

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Para a Dra. em filosofia, africana Katiuscia Ribeiro, “a ancestralidade não é apenas uma árvore genealógica, é uma forma respeitosa de honrar, relembrar e saudar os nossos antepassados. Só amamos efetivamente aqueles que conhecemos.”

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 Nesse sentido devemos olhar para os nossos ancestrais como fonte de sabedoria e aprendizados que são fundamentais para a compreensão   do presente e da projetação do futuro que desejamos. Olhando para atrás, podemos compreender o que e o porquê somos dentro desse universo tão particular da formação do povo brasileiro. Segundo o antropólogo e historiador Darcy Ribeiro, “toda cultura brasileira está impregnada dessa herança africana, sua presença fez quase tudo que aqui se fez.”

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Nas palavras de Arnaldo Lima dias, “o nosso povo oriundo da mãe África, que veio forçado nos navios negreiros e que tanto enriqueceu a nossa pátria e enriquece ainda, por caminhos de alegria, batucando, dançando, cantando, perfumando as ruas de nossa cidade antes dos carnavais, ansiando e preparando a paz. Mãe África que na Bahia embalou filhos de brancos, mestiços e negros e misericordiosamente amamentou a ambos, carregando-nos no regaço com entranhado amor materno.”

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Segundo Darcy Ribeiro, o que aconteceu no Brasil foi que os africanos foram tão fundos na aventura da construção desse país que hoje eles já não são eles, somos nós os brasileiros... o negro, vem a ser, apesar de toda dificuldade que enfrenta o componente mais criativo da cultura brasileira.

 

Referências

DIAS, Arnaldo Lima. Lições da minha África. 1. ed. Salvador: Gráfica amazonas Ltda., 2004.